Helena Chagas, nova ocupante da SECOM, promete a Vice-Presidente da ABCCOM manter mídias institucionais para os canais comunitários

Helena Chagas, nova ocupante da SECOM, promete a Vice-Presidente da ABCCOM manter mídias institucionais para os canais comunitários

Ministros garantem apoio à ABCCOM


 - O primeiro vice-presidente Paulo Miranda representou a ABCCOM na posse da presidente Dilma Roussef e dos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Aluízio Mercadante (Ciência e Tecnologia) e Ana Buarque de Holanda (Cultura). 
O Ministro da Secretaria Geral da Presidência Gilberto Carvalho garantiu que o Palácio do Planalto continuará aberto aos movimentos sociais e aos seus líderes.

No Palácio do Planalto, o dirigente da Abccom conversou rapidamente com a ministra Helena Chagas (foto, crédito: SIP). Ela prometeu manter as mídias destinadas aos canais comunitários e estudar novas parcerias com a Secom para o setor.

Na posse do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o nosso colega de jornada e presidente da Abraço - Associação Brasileira de Rádios Comunitárias, José Sórter, representou a Abccom também. E, logo no início de seu discurso, o ministro prometeu valorizar a comunicação comunitária.

O ministro Aluízio Mercadante afirmou que conhece o trabalho das TVs Comunitárias e disse que receberá a direção em audiência, além de garantir que o Ministério tem todo o interesse em efetivar uma parceria com nossas emissoras. 

Paulo Miranda esteve na posse da ministra da Cultura acompanhando o senador Cristovam Baurque, que é primo dela. Ele se apresentou à ministra como diretor da Abccom e disse que, em breve, solicitaria uma audiência para a nossa direção. A ministra afirmou que o apoio aos pontos e pontões de cultura vai continuar. (texto de Paulo Miranda)


Helena Chagas assume Secretaria de Comunicação Social

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, transferiu o cargo para a sua sucessora Helena Chagas, na manhã do domingo (2), no auditório do bloco A da Esplanada dos Ministérios, às 10h00.

“Trabalhamos juntos em vários locais. Helena Chagas é talentossíssima e a família Chagas oferece ao País sua segunda geração de profissionais cuidando da antessala do poder, o que não é pouco”, disse Franklin, em referência ao pai da ministra, o comentarista político Carlos Chagas.

A ministra se disse honrada de substituir Franklin Martins e de assumir a Secom num momento rico da história do Brasil. “Somos uma das maiores democracias do planeta. Há oito anos elegemos um metalúrgico e, agora, uma mulher ex-prisioneira da ditadura”, disse a ministra. Para ela, vivemos em um país com ampla liberdade de imprensa e conta que conheceu a censura e por isso tem um compromisso com a livre expressão. 

Ela lembrou de, quando criança, ler os poemas de Camões publicados no jornal em que seu pai escrevia, colocados ali para substituir as reportagens proibidas. “Comunicação democrática passará por defender liberdade de imprensa. Abrir mão dela será impensável”, defendeu.

Segundo a ministra, se as relações entre o governo e a imprensa não forem tensas é porque algo está errado. No entanto, ambos podem encontrar um terreno em comum para atuar, que é o campo do interesse público. Ela disse que sua experiência como repórter em Brasília pode ajudar a estabelecer um diálogo honesto e transparente. “Estive do outro lado do balcão, sei o que é o cotidiano da espera da notícia na calçada, o sanduiche frio e o refrigerante quente”.

O desafio atual, para a ministra, é atender às necessidades do momento histórico, pois o crescimento da classe média e a retirada de milhões da miséria não representa apenas distribuição de renda e sim, uma emancipação. As pessoas deixam de ter um foco centrado em garantir a próxima refeição e passam a ter outros interesses, como o de saber e de participar da democracia. “No contexto das grandes mudanças como essa, cada vez mais brasileiros necessitam de informações de qualidade”, avaliou.

A ministra defendeu o trabalho de distribuição da publicidade oficial e o esforço de regionalização e de adoção de critérios técnicos de escolha de mídia. “Um excelente trabalho já foi feito. Franklin Martins não é um gigante só na altura”. 

Legado

Franklin Martins conta ter deixado como legado uma relação pacificada com o Tribunal de Contas da União (TCU) nas contratações de serviços de comunicação, um avanço institucional que culminou com a aprovação no Congresso da lei sobre publicidade oficial. “Agora todos os ministérios da Esplanada têm critérios para fazer suas licitações”, disse.

Para ele, outro ponto importante foi a criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a constituição da TV Pública. “Isso será mais valorizado no futuro, quando o preconceito e o embate político do momento forem esquecidos”, avaliou. 

Martins disse ter vivido um período rico, tanto do ponto de vista da relação com a imprensa como com o mercado publicitário. Ele diz que é importante a decisão da presidenta Dilma Rousseff de manter a Secom tal qual como ela foi construída, sem a divisão da imprensa e da publicidade. “Conseguimos atuar de forma harmoniosa”, disse.

Estiveram presentes na cerimônia de transmissão os ministros da Defesa, Nelson Jobim; das Relações Institucionais, Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira; da Pesca, Ideli Salvatti; e da Saúde, Alexandre Padilha.

Yole Mendonça será a secretária-executiva da Secom, no lugar de Ottoni Fernandes Júnior. Antes, ela era secretária de Comunicação Integrada da Secom. (fonte: saite da SECOM)


Biografia da Ministra Helena Chagas 

A jornalista Helena Chagas é a ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social. Como colunista do jornal o Globo e também do Jornal de Brasília, ela se destacou como analista política. Na internet, em 2007, experimentou o colunismo on line, ao dirigir o Blog dos blogs, do portal de internet iG.
Helena Chagas foi a coordenadora de imprensa da presidenta eleita Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral e a transição. 
Em novembro de 2007, assumiu como diretora de jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a rede pública de TV, cargo que deixou para entrar na campanha eleitoral. Ela era responsável pela cobertura noticiosa dos veículos televisão, rádio e agência da EBC – que inclui a TV Brasil, a Rádio Nacional, a Rádio MEC e a Agência Brasil.
Antes, a partir de maio de 2006, dirigiu a sucursal de Brasília do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) e foi comentarista de política no jornal matutino da emissora. 
Filha do jornalista Carlos Chagas, frequentou redações desde criança e foi educada numa casa onde a leitura dos jornais era rotineira. 
Formada pela Universidade de Brasília (UNB) em 1982, Helena iniciou a carreira como repórter do Jornal de Brasília, trabalhou no Diário da Manhã e depois em O Globo, onde foi repórter por dez anos. Em seguida, trabalhou por dois anos na TV Senado, no Estado de S.Paulo e voltou ao Globo para mais um período de 11 anos, quando exerceu as funções de coordenadora de Política, chefe de redação e diretora da Sucursal Brasília. (fonte: saite da SECOM)