15/8 - Luis Fernando, um dos pais do Ginga, em entrevista enaltece papel das TVs Comunitárias e das Universitárias

 15/8 - Luis Fernando, um dos pais do Ginga, em entrevista enaltece papel das TVs Comunitárias e das Universitárias

O professor Luis Fernando (LF), em recente entrevista, mostra que está jogando suas fichas no trabalho que os canais comunitários e universitários de televisão, bem como nos pontos de cultura, podem desenvolver na produção de conteúdos interativos pois acredita que as emissoras comerciais não têm esse conhecimento. Veja um trecho da entrevista: "A TV Pública ainda está patinando, e o incentivo ao desenvolvimento de aplicações (narrativas) interativas esbarrou na falta de capacidade dessas emissoras (na verdade, as emissoras privadas também não têm tal conhecimento). De fato, faltou uma política para geração e distribuição de conteúdo. A academia vem fazendo sua parte, o Programa Ginga Brasil é mais um exemplo, formando produtores de conteúdo, apoiando e incentivando a criação de empregos e empresas (inclusive de grande porte), apoiando órgãos do governo, como DATAPREV e PRODERJ no desenvolvimento de conteúdos de inclusão social. Entretanto, produzir para ser transmitido por quem? Sem essa perna de inclusão, as duas outras (acesso e produção de informação) não operam. Temos que operacionalizar a TV pública. O Plano Nacional de Banda Larga traz nova esperança. É mais uma chance que temos de levar tudo adiante. Temos de ver o plano também como propiciador de serviços. E a TV digital é um dos mais importantes, principalmente no que tange à inclusão social. Temos de tratar a IPTV, Web TV, broadband e broadcast TV não como soluções antagônicas (porque não são nem no modelo de negócios), mas complementares. O Brasil lidera esse processo mundialmente, reconhecidamente, no ITU-T. Todos esperam e vigiam nossos movimentos. O Ginga-NCL é visto como a ferramenta de integração (e aí vai um recado para a indústria de recepção mal informada: ferramenta de integração e não de substituição de suas aplicações residentes, como as que conferem acesso a suas lojas de widgets).

Tomara que o governo retome as rédeas do processo.

Mas a sociedade civil não está parada. Através das TVs Comunitárias, TVs Universitárias, Pontos de Cultura e outros coletivos audiovisuais, ela não vai deixar a peteca cair. Quem viver verá. Não subestimem esse movimento.

Acesse a íntegra da entrevista. Oswaldo Bertolino diz que teve a ideia da entrevista a partir de uma matéria que havia lido.